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O presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, disse na última quarta-feira, 18 de outubro, durante a 8ª Conferência Cidades Verdes, no Centro de Convenções Firjan, no Rio de Janeiro (RJ), que espera cumprir todas as etapas até o fim de 2024 para lançar o edital internacional para as obras de Angra 3. Além de reforçar a matriz energética de baixa emissão de carbono no país, a construção da usina deve gerar sete mil empregos diretos e 20 mil indiretos, com a movimentação de recursos da ordem de R$ 20 bilhões.

Grand Court disse que a Eletronuclear contratou o BNDES para fazer a modelagem, como determinou o Conselho Nacional de Política Energética, de captação de recursos e retorno do investimento. O modelo precisa ser aprovado pelo Ministério das Minas e Energia. De acordo com ele, isso está sendo estruturado. A expectativa é que até 2024 isso esteja concluído para que se possa determinar a captação do recurso e lançar o edital internacional para o epecista, que é o contratado para fazer conclusão da construção da usina.

Ele afirmou que a operação de Angra 1 e Angra 2 nunca causou problema grave à população, ao meio ambiente ou aos trabalhadores. Além disso, o complexo possibilita o desenvolvimento do hidrogênio como fonte de energia. Segundo o executivo, já se produz hidrogênio para a usina, há muitos estudos e agora é a vez do estudo de viabilidade técnica e econômica para produzir o energético em quantidade suficiente para gerar energia.

Engenheiro responsável pelo projeto de hidrogênio da Eletronuclear, Nelri Ferreira Leite disse na conferência que, atualmente, o estado brasileiro que está “capitaneando a revolução do hidrogênio” é o Ceará, que tem o Complexo Industrial e Portuário de Pecém e faz parceria com o porto de Roterdã, na Holanda, com investimento de € 5 bilhões no ciclo do hidrogênio. Leite apresentou detalhes sobre a fase em que se encontram os estudos de produção de hidrogênio nas usinas de Angra.